Páginas
(Mover para…)
Página inicial
Igrejas e capelas de Macau
Templos de Macau
Folhas de Lótus, folhas soltas
▼
Bocage
"É quanto Portugal tem em Macau." Bocage
Naquele ano fatal da Grande Perdição Que deflagrou, no mundo, un nouvel âge , Chegou aqui, surgido de Cantão, Pra onde o arrebatara o furor de um tufão, O poeta Bocage.
Achou a terra decadente e estranha E a gente ora mendiga ora devassa. E enquanto, num soneto, a satiriza, entoa Meigas estrofes à "magnânima Saldanha" (Marília, ao celebrar-lhe a formosura e a graça) E um hino de lisonjas à "preclara Hulhosa"
Quase um ano inteiro (quase uma vida inteira!) Por Macau bocejou e vagueou à toa. Mas, por mercê de Lázaro Ferreira, Um dia, enfim, pôde enrolar a esteira E voltar a Lisboa.
A cidade, porém, não lhe esqueceu o vulto (Esqueceu o soneto que é justo, sem ser mau): Hoje, uma rua, rende-lhe culto. - É quanto o poeta tem em Macau.
António Manuel Couto Viana. "Bocage", No Oriente do Oriente . in Carlos Pinto Santos e Orlando Neves. De Longe à China. Macau na Historiografia e na Literatura Portuguesas . ICM, 1996
Sem comentários:
Enviar um comentário