segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Grades e estendal de roupa na Travessa do Patane
A Travessa do Patane, que em chinês se designa por Sá Lei T'au Hong, ou seja, Travessa das Peras, liga a Travessa da Palanchita à Calçada das Sortes, junto à Escada do Papel.
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Travessa da Palanchica
Por Palanchica era designado um pequeno baluarte ou fortificação que existiu no cimo da colina do Patane. Citando Marim Chaves, em O Renascimento do Município Macaense, escreve o Padre Teixeira na sua Toponímia de Macau:
«Perto da ermida (de S. António) construiu-se uma tranqueira, pequena fortificação levantada para o que desse e viesse e equipada com algumas peças com que as naus do Japão a dotaram. Este baluarte foi por muito tempo conhecido pelo qualificativo de Palanchica, da qual é descendente a actual travessa da Palanchica que liga hoje a praça Luís de Camões, por um lado, com a rua dos Colonos, indo esta terminar no Tarrafeiro, e por outro lado, e nas alturas da escada do Papel, com a travessa do Patane, à qual se seguem a calçada das sortes, rua da Palmeira e largo do Pagode».
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
O Caminho das Hortas
É uma estreita estrada - o Caminho das Hortas - ladeada, ora de frondosas árvores do coral (Erythrina variegata), ora de pequenas habitações das povoações Cheoc Ka e de Sam Ka. O pequeno templo de Cheoc Ka, dedicado a Kuan Tai, deus da guerra, da lealdade e da bravura, é composto apenas por dois pavilhões, um com a imagem do deus guerreiro, o outro com a deusa Tin Hau, a Soberana dos Céus. O deus deste pequeno templo, fundado e construído entre 1662 e 1723 pelas primeiras famílias que se fixaram nesta zona da Taipa - as famílias Lam e Cheok -, protegia os habitantes dos ataques dos piratas.
Restos de um mundo rural, um pequeno oásis rodeado por torres de betão, na ilha da Taipa.
Restos de um mundo rural, um pequeno oásis rodeado por torres de betão, na ilha da Taipa.
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domingo, 16 de dezembro de 2007
Dístico comercial

São as casas de «pasdo», as lojas de quinquilharia, umas de «quiquilapia», outras de «quinouilharia»; são os «antiguários» e as lojas de «antiquidades», são as que vendem «lavaporios», as «alfaiaparias» ou as de «vesidos de noiva»; são as lojas de «chã de medicional» e os estabelecimentos de comidas saudáveis. Designam-se por «esabelecimento», «estabelerimento», «esta belecimento», ou algo semelhante e, alguns, apesar da mudança do ramo de actividade, mantém designações antigas, como uma pequena loja de vassouras que vende louças. Outros há cuja designação regista, exactamente «Dístico comercial do estabelecimento e localização»...

A «Sociedade Malandro Limitada» (na Rua dos Mercadores), uma farmácia «chivesa», as associações de «conterràneos» (como a de Man Sai, nos três candeeiros), um centro de beleza de «auto tecnologia» (na Estrada de Coelho de Amaral) ou uma associação de «carne de porco» («Associação de Carne de Porco "Ion Hap Tông», na Praia Grande), são alguns exemplos deste universo muito peculiar.
sábado, 15 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Rua do Campo

A Rua do Campo, a que os chineses chamam Sôi Hang Mêi, isto é, Extremo do Regato, começa no local onde se cruzam a Avenida da Praia Grande e as ruas Formosa e de Santa Clara e termina na Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida, junto da Calçada do Poço.
O topónimo «Rua do Campo» refere-se a um «campo» que se estendia a oriente da cidade, já fora das muralhas. Essas muralhas iam da Guia à Fortaleza do Monte e ao Patane e possuíam duas portas, a de Santo António e a do Campo. A designação chinesa da rua, Sôi Hang Mêi - Extremo do Regato - evoca, na convicção de Gonzaga Gomes, «porventura, o facto de ter havido noutros tempos algum fio de água que vertia pela encosta do Monte abaixo» (in Lendas Chinesas de Macau).
O topónimo «Rua do Campo» refere-se a um «campo» que se estendia a oriente da cidade, já fora das muralhas. Essas muralhas iam da Guia à Fortaleza do Monte e ao Patane e possuíam duas portas, a de Santo António e a do Campo. A designação chinesa da rua, Sôi Hang Mêi - Extremo do Regato - evoca, na convicção de Gonzaga Gomes, «porventura, o facto de ter havido noutros tempos algum fio de água que vertia pela encosta do Monte abaixo» (in Lendas Chinesas de Macau).
Lua Cativa na Fonte

Lua Cativa na Fonte
Lendas esgueiram-se da memória
Antes que te encontre no meu sonho
Por fim vejo-te, grácil, caminhando
Pelos bosques eternamente verdes
Como a difusa neblina alastra
Na orla da tua saia dançam alces
Teu claro olhar é tão profundo
Que alberga o meu céu inteiro
Poemas de Gao Ge (traduzido para o português por Fernanda Dias, com o apoio da estudiosa em literatura chinesa Stella Yee)
Excerto do prefácio de Stella Lee Shuk Yee: «(...) Fernanda comentou ter sido tocada pela emoção com que eu lhe li os poemas em mandarim, e pelo entusiasmo com que os comentei em seguida. Para cada carácter chinês impunha-se encontrar o sentido mais aproximado, muitas vezes recorrendo às três línguas em que podemos comunicar. A cada verso era preciso fazer corresponder uma imagem, uma figura que Fernanda Dias pudesse "pintar" na sua língua (...)»
sábado, 8 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Travessa das Janelas Verdes
Liga a Rua dos Ervanários à Rua das Estalagens e ao Beco da Pinga. Designa-se, em chinês, tal como a rua das Estalagens, por travessa e rua «da massa ou do montão de palha», designação esta que o Padre Teixeira explica: «(...) ali devia ter existido palha ou talvez estábulos de cavalos, pois ali perto existe a Rua da Palha. Por conseguinte, essas vias deveriam chamar-se não das estalagens, mas dos estábulos».
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Beco dos Faitiões
Os becos, em Macau, possuem esta particularidade: são becos com saída. Este, dos Faitiões, começa por um estreito túnel que parte da Rua da Tercena e termina na Rua de Santo António. O Padre Teixeira, na sua Toponímia de Macau, explica a origem do vocábulo faitião. Vem do chinês e significa «barco ligeiro» (fai=veloz; teang=barco). O nome foi atribuído a uma rua, a uma travessa e ao beco «para comemorar a revolta dos marítimos chineses, a 8 de Outubro de 1846, contra o governador Ferreira do Amaral, por este ter imposto uma taxa sobre os seus barcos».
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
No Largo do Pagode do Bazar
Transportam as crianças às costas, escarranchadas e seguras por um pano quadrado, estampado ou bordado, que se prende com fitas atadas à cintura.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Igreja de S. Domingos
«Fundada em 1587 por três padres dominicanos espanhóis vindos de Acapulco, no México, esta igreja está ligada à Confraria de Nossa Senhora do Rosário. Aqui foi publicado o primeiro jornal português em solo chinês, "A Abelha da China", em 12 de Setembro de 1822. A torre sineira, na parte posterior do edifício, foi modificada para permitir a instalação de um pequeno Museu de Arte Sacra, que conta com um espólio de cerca de 300 peças». in «RC- Revista de Cultura», nº 15 de Julho de 2005
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terça-feira, 20 de novembro de 2007
Rua dos Mercadores

«As ruas transversais [à Almeida Ribeiro] estão cheias de lojas chinas, tecidos chinos, farmácias, quinquilharias, lantejoulas, herbanários, restaurantes, casas de jogos e de amor venal, sempre com a mesma congestão de linhas exóticas nas decorações das fachadas, nas suas lacas, nos seus lanternins e nesta pobre multidão indígena, de braços nus e chapéu cónico na cabeça, que circula por toda a parte». Ferreira de Castro. A Volta ao Mundo (1944), in Carlos Pinto Santos e Orlando Neves. De Longe à China. Macau na Historiografia e na Literatura Portuguesas. tomo 3. ICM, 1996
sábado, 17 de novembro de 2007
«Ali ardem lumes misteriosos (...)»

Os altares aos deuses anicham-se pelas paredes, aos cantos do sobrado, sobre as mesas; e até junto ao fogão, onde se guisa o meu jantar, se presta culto a supinas divindades. Misteriosos ritos. São papéis encarnados, contendo cabalísticos dizeres; são figuras de horríveis monstros, coloridas pelas tintas mais surpreendentes, nas disposições mais grotescas, despertando quase o riso, despertando quase o medo, a quem não vive em graça em tal Olimpo. Ali o cozinheiro, em humildes genuflexões de crente, vem depor as suas ofertas, as minhas ofertas, pois sou eu que pago a festa, - ofertas de laranjas, de doces, de chá, de porco assado e de outras iguarias. Ali ardem lumes misteriosos; e frequentemente, pela noite, como agora, se queimam pivetes, círios rubros, resinas e papéis, de tudo emanando um fumo atroz, que invade em torvelinho a casa toda, que chega sem respeito ao sítio onde me encontro, e me sufoca. Paciência! (...)»
Wenceslau de Moraes. «Pau-Man-Chen». Paisagens da China e do Japão. 1906
Wenceslau de Moraes. «Pau-Man-Chen». Paisagens da China e do Japão. 1906
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quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Cozinha Ambulante
Cozinha ambulante, na Rua de Tomé Pires, onde se vende o pato lacado, a febra ou entremeada de porco assada, a galinha escaldada. Simples ou com molho e cebolinho.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Lua do «Bate-Pau»
- Primeira lua do Outono,
que navegas nos espaços,
nas lanternas das crianças
caíste à terra em pedaços! -
Como leque de missangas,
abriu-se a noite, em Macau.
Lua cheia, em miniatura,
é um bolo «bate-pau».
Os planetas e as estrelas
dançam à roda da Lua.
Jovens, de balões acesos,
rodopiam pela rua.
(...)
Padre Benjamim Videira Pires, Setembro de 1974
que navegas nos espaços,
nas lanternas das crianças
caíste à terra em pedaços! -
Como leque de missangas,
abriu-se a noite, em Macau.
Lua cheia, em miniatura,
é um bolo «bate-pau».
Os planetas e as estrelas
dançam à roda da Lua.
Jovens, de balões acesos,
rodopiam pela rua.
(...)
Padre Benjamim Videira Pires, Setembro de 1974
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quinta-feira, 20 de setembro de 2007
A flor mágica da Fénix

Filha de camponeses pobres, Qiao Gu estava noiva de Man Cang, também ele filho de camponeses. Ambas as famílias eram pobres, tão pobres que os noivos apenas receberam, como prenda de noivado, uma porção de arroz e alguns legumes. Por sua vez, Qiao Gu propôs-se a confeccionar o seu enxoval de noiva e para tal recebeu do noivo, não os tecidos, porque isso não estava ao alcance da sua bolsa, mas alguns quilos de algodão.
Qiao Gu fiou o algodão, depois teceu-o e, por fim, fez um vestido para si. Pronto o vestido, bordou-o tomando como modelo as prendas de noivado – espigas de arroz num amarelo dourado, couves de um verde-esmeralda, pimentos e favas em tons de violeta – e ainda muitas, muitas, flores e borboletas.
Ao fim de três meses, o vestido ficou pronto. Estava lindo! Tão bonito ficou que, imediatamente, despertou inveja a Flor de Ouro, uma jovem vizinha de Qiao Gu, também noiva, mas esta do filho de uma família rica que vivia na cidade. Flor de Ouro propôs, então, que lhe desse o vestido, e em troca oferecia-lhe dez casacos de seda bordada. Qiao Gu não aceitou e, furiosa, Flor de Ouro, agarrou no vestido e fugiu a correr com ele. Desesperada Qiao Gu foi atrás dela que, vendo-se apanhada, atirou com o vestido para cima de um muro alto. Nesse preciso momento, umas pegas, seduzidas pelas cores dos bordados, desceram em voo rasante e levaram-lhe o vestido.
Muito chorou Qiao Gu. Por fim, já mais calma, decidiu recuperar o vestido que as pegas lhe haviam roubado. Com o resto do algodão confeccionou uma grande rede para nela apanhar as pegas. Pronta a rede, esperou que as pegas voltassem. Assim que elas pousaram no telhado da sua casa, estendeu a rede no chão e deitou algumas sementes. As pegas foram, de imediato, à comida e Qiao Gu rapidamente fechou a rede onde ficaram presas muitas e muitas pegas, quase uma centena delas. De repente, estas levantam voo, arrastando consigo Qiao Gu. Voaram, durante várias horas, em direcção ao sol nascente. Por fim, chegaram a uma floresta, cujas árvores de um verde cor de jade se encontravam repletas de pássaros de todas a cores. Momentos depois de as pegas pousarem e de os pássaros começarem a cantar, surge uma mulher – fada ou divindade – coberta com o lindo vestido que Qiao Gu bordara. Sabendo que Qiao Gu viera com as pegas para recuperar o vestido, a mulher ofereceu-lhe outro em troca, que Qiao Gu recusou, alegando querer vestir, no dia do seu casamento, o vestido feito pelas suas próprias mãos.
A mulher assentiu, dando o devido apreço aos argumentos de Qiao Gu. Devolvendo o vestido, de imediato desaparece, deixando Qiao Gu espantada, pois em seu lugar surge uma Fénix de cores resplandecentes que, ao levantar voo, foi logo seguida de todos os outros pássaros.
Qiao Gu compreendeu, então, que tudo fora obra da Fénix transformada em mulher.
A partir desse dia, e mesmo já depois do casamento, as pegas tornaram-se as guardiãs do vestido. Mesmo quando ia trabalhar, Qiao Gu gostava de levar consigo o vestido, colocando-o no chão. Então, as pegas poisavam junto do vestido para garantir que ninguém o vinha roubar.
Mas um dia, em que Man Cang e Qiao Gu foram ceifar, Flor de Ouro passou por ali e viu o vestido. Agarrou nele e vestiu-o logo. Mas as pegas estavam de vigia, e mal Flor de Ouro acabara de o vestir, caíram sobre ela e bicaram-na toda. Grande foi a confusão, tão grande que o vestido bordado acabou por ficar em pedaços e Flor de Ouro toda picada.
Os vários pedacinhos de vestido bordado, soprados pelo vento, pareciam flores de muitas cores que eram perseguidas por borboletas.
No ano seguinte, pela Primavera, nos campos onde os pedacitos de vestidos pousaram, rebentos de balsamináceas surgiram e, lá para os finais do Verão, começaram a desabrochar as primeiras flores, de cores resplandecentes que mais pareciam uma Fénix de asas abertas...
Conto tradicional Han, adaptado por MJ.Qiao Gu fiou o algodão, depois teceu-o e, por fim, fez um vestido para si. Pronto o vestido, bordou-o tomando como modelo as prendas de noivado – espigas de arroz num amarelo dourado, couves de um verde-esmeralda, pimentos e favas em tons de violeta – e ainda muitas, muitas, flores e borboletas.
Ao fim de três meses, o vestido ficou pronto. Estava lindo! Tão bonito ficou que, imediatamente, despertou inveja a Flor de Ouro, uma jovem vizinha de Qiao Gu, também noiva, mas esta do filho de uma família rica que vivia na cidade. Flor de Ouro propôs, então, que lhe desse o vestido, e em troca oferecia-lhe dez casacos de seda bordada. Qiao Gu não aceitou e, furiosa, Flor de Ouro, agarrou no vestido e fugiu a correr com ele. Desesperada Qiao Gu foi atrás dela que, vendo-se apanhada, atirou com o vestido para cima de um muro alto. Nesse preciso momento, umas pegas, seduzidas pelas cores dos bordados, desceram em voo rasante e levaram-lhe o vestido.
Muito chorou Qiao Gu. Por fim, já mais calma, decidiu recuperar o vestido que as pegas lhe haviam roubado. Com o resto do algodão confeccionou uma grande rede para nela apanhar as pegas. Pronta a rede, esperou que as pegas voltassem. Assim que elas pousaram no telhado da sua casa, estendeu a rede no chão e deitou algumas sementes. As pegas foram, de imediato, à comida e Qiao Gu rapidamente fechou a rede onde ficaram presas muitas e muitas pegas, quase uma centena delas. De repente, estas levantam voo, arrastando consigo Qiao Gu. Voaram, durante várias horas, em direcção ao sol nascente. Por fim, chegaram a uma floresta, cujas árvores de um verde cor de jade se encontravam repletas de pássaros de todas a cores. Momentos depois de as pegas pousarem e de os pássaros começarem a cantar, surge uma mulher – fada ou divindade – coberta com o lindo vestido que Qiao Gu bordara. Sabendo que Qiao Gu viera com as pegas para recuperar o vestido, a mulher ofereceu-lhe outro em troca, que Qiao Gu recusou, alegando querer vestir, no dia do seu casamento, o vestido feito pelas suas próprias mãos.
A mulher assentiu, dando o devido apreço aos argumentos de Qiao Gu. Devolvendo o vestido, de imediato desaparece, deixando Qiao Gu espantada, pois em seu lugar surge uma Fénix de cores resplandecentes que, ao levantar voo, foi logo seguida de todos os outros pássaros.
Qiao Gu compreendeu, então, que tudo fora obra da Fénix transformada em mulher.
A partir desse dia, e mesmo já depois do casamento, as pegas tornaram-se as guardiãs do vestido. Mesmo quando ia trabalhar, Qiao Gu gostava de levar consigo o vestido, colocando-o no chão. Então, as pegas poisavam junto do vestido para garantir que ninguém o vinha roubar.
Mas um dia, em que Man Cang e Qiao Gu foram ceifar, Flor de Ouro passou por ali e viu o vestido. Agarrou nele e vestiu-o logo. Mas as pegas estavam de vigia, e mal Flor de Ouro acabara de o vestir, caíram sobre ela e bicaram-na toda. Grande foi a confusão, tão grande que o vestido bordado acabou por ficar em pedaços e Flor de Ouro toda picada.
Os vários pedacinhos de vestido bordado, soprados pelo vento, pareciam flores de muitas cores que eram perseguidas por borboletas.
No ano seguinte, pela Primavera, nos campos onde os pedacitos de vestidos pousaram, rebentos de balsamináceas surgiram e, lá para os finais do Verão, começaram a desabrochar as primeiras flores, de cores resplandecentes que mais pareciam uma Fénix de asas abertas...
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Casa de Lou Kau

«Construída por volta de 1889, esta casa foi a residência de Lou Kau, destacado comerciante e grande proprietário chinês. A localização desta antiga e nobre residência tradicional chinesa, próximo do Largo do Senado e do Largo da Sé, ilustra bem os diversos perfis sociais presentes no centro da antiga "cidade cristã". Construída em tijolo cinzento, com dois pisos e vários pátios interiores, apresenta as características típicas de uma residência chinesa de estilo xiguan». in «RC-Revista de Cultura», nº 15, Julho de 2005.
O Centro Histórico de Macau
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sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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