terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vistas aéreas de Macau








Bilhetes Postais Ilustrados editados por Sanyutang, Ltd. (Hong Kong).  
As fotografias são de Wong Wai Hong.

Embora editados em 1992 (os 4 primeiros) e em 1995 (os 3 restantes), as fotografias são anteriores a essas datas. Provavelmente dos finais dos anos 80 ou início dos anos 90. Os lagos - Nam Van e Sai Van - ainda não tinham sido construídos (só foram projectados em 1991). A ponte da Amizade foi inaugurada em 1994 e na fotografia (penúltimo postal) é visível o início da sua construção, que ocorreu em Junho de 1990. Quanto ao aeroporto, só foi inaugurado em Novembro de 1995.


sábado, 24 de setembro de 2011

Casa do Mandarim






Casa do Mandarim. Setembro de 2011

Foi a residência de Zeng Guanying (1842-1921) e terá sido construída na segunda metade do século XIX. É a Casa do Mandarim, que ocupa uma área com cerca  de 4 mil metros quadrados. O conjunto residencial é "composto por um edifício de entrada, pátios, casas para serviçais e a área residencial propriamente dita".
Predominantemente chinês, o conjunto de edifícios apresenta, contudo, influências ocidentais bem como indianas, nomeadamente no uso das placas de madrepérola nas janelas. 

domingo, 11 de setembro de 2011

Redes de pesca em Nam Van

Redes de Pesca. Nam Vam. 1982
Fotografia de Fong Chi Fung do catálogo da exposição Ontem para Sempre.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fong Chi Fung, fotógrafo de Macau

Número de Circo. 1962

Tendinha de Comidas ao ar livre. Dai Pai Dong. 1967
in Ontem para Sempre. Fotografias de Macau por Fong Chi Fung.

Fong Chi Fung (1935-2008), galardoado com o título de "Artista Fotógrafo",  foi membro da Sociedade de Fotografia de Macau, da Royal Photographic Society of Britain, da Photographic Society of Kowloon, do International Salon of the Photographic Society of Wilmington, nos Estados Unidos, e membro da Sociedade de Fotografia de Shenzhen, na China. Professor na Escola Primária da Ilha Verde e, mais tarde, na Escola Secundária dos Filhos dos Operários, decidiu, nos anos 60, aprender fotografia de modo a registar as actividades dos estudantes, criando um vasto arquivo fotográfico. "Fascinado pela fotografia, no início dos anos 60 do séc. XX, Fong Chi Fung tornou-se membro da Sociedade de Fotografia de Macau, aprendendo, posteriormente, a revelação, impressão e técnicas fotográficas. Dedicou-se a esta arte, fazendo da fotografia a sua companheira de vida. A maioria dos 4 mil rolos tem Macau como cenário, sendo os primeiros trabalhos do mestre basicamente realistas. Para além das fotografias tiradas aos alunos da Workers' Children High School (Escola Secundária dos Filhos dos Operários), onde ele próprio foi professor, a lente de Fong captou o nascer e o pôr do sol, as ruas e vielas, a baía ou os aterros entre muitos e muitos temas". in Catálogo da Exposição Ontem para Sempre. Fotografias de Macau por Fong Chi Fung.

Pescador de Margem

Ah quem me dera
estar aí
ter um rio
só para mim
Lentamente
armar a rede
e içar a esperança
Firme
sem estar em terra
Estendido na água
sem andar à deriva
E viver!
De costas voltadas
como tu

Fernando Sales Lopes. Pescador de Margem. Livros Oriente. 1997

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Entrara num já raro mong-yu de pescador de margem"


"Deambulando pela marginal da Praia Grande, entre casas e rio, desperta-me a curiosidade uma tosca cabana com as traseiras para a rua e assente em estacas bons cinco metros acima da água. Como resistirá aos tufões, assim frágil, aquela estranha construção que um ventinho mais impetuoso parece capaz de derrubar?
O velho chinês que ali vive deixa-me entrar. Que cheiro a peixe e que confusão!... Tabuleiros de plástico, cestos de bambu, roupa, cordas, baldes - tudo a esmo. Numa gaiola saltita um pássaro. Uma panela fumega num fogãozito a petróleo, cozinhando-se sabe-se lá que esquisito alimento. À cabeceira da cama, retratos antigos de gente sisuda. A um canto, um altarzinho com uma divindade qualquer.
Entrara - como me informarão mais tarde - num já raro mong-yu de pescador de margem, todo aberto para a barrenta amplidão do rio, onde a ilha da Taipa se dilui à distância.
Uma sólida prancha também escorada em estacas alonga-se sobre a calma superfície líquida, com uma avantajada rede suspensa na extremidade. Através de uma roldana, o velho chinês faz descer a rede com lentidão. A técnica consiste em deixar o lado esquerdo um pouco acima do nível da água. Ao tocarem na rede, os peixes voltam para trás, provocando leves ondulações que alertam o velho. Então, do interior da cabana, ele iça a grande rede gotejante, manobrando a roldana à força de braços. Depois trota ligeiro pela prancha e, com uma rede mais pequena, retira os peixes debatidiços. (...)"
Altino do Tojal. "O Pescador", in Histórias de Macau, Edição Novosmeios, 1991



"Uma sólida prancha também escorada em estacas alonga-se sobre a calma superfície líquida, com uma avantajada rede suspensa na extremidade".
Pesca com rede quadrada na Praia do Bom Parto. 
Fotografia de José Neves Catela (anos 30-40 do século XX) do catálogo da exposição Macau, Memórias Reveladas, Museu de Arte de Macau, 2001