sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mei Chit Lai


Era lichia
toda ela.
Branca
translúcida
trémula
estranha
cheirava a rosas passadas.

Solvi-a num trago
e arrependi-me.

Faltou-me o sentido da eternidade
e perdi-a,
num só gesto,
naquele instante.

Xian, 1989

Carlos Marreiros. «Mei Chit Lai», in Antologia de Poetas de Macau.

Escola do Caro...

«CENTRO DE SERVICOS DE ESCOLA DO CARO», na Rua de Francisco Xavier Pereira. Macau, Maio de 2008

Acácia rubra

Acácia rubra junto ao Museu de Arte Sacra. Macau, Maio de 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Acácia rubra

Parque Municipal de San Yat Sen. Macau, Maio de 2008

Acácia Rubra na praça de Lobo de Ávila. Macau, Maio de 2008

Originária de Madagascar, a Acácia Rubra - Delonix regia - também conhecida por «Chama da Floresta», floresce de Maio a Junho. Em Macau, encontra-se espalhada por diversas ruas e praças, estradas, jardins e parques.

Acácia Rubra na Wikipedia

Rua do Monte

Rua do Monte. Macau, Maio de 2008

A Rua do Monte, conhecida entre os chineses por Rua da Fortaleza - Tai P'au T'oi Kai -, tal como o Pátio e a Calçada do Monte, começa na Rua da Palha, junto ao Pátio da Cabaia, e termina na Calçada da Rocha.
A Fortaleza de N. Sra. do Monte de S. Paulo «foi começada pelos jesuítas e concluída por D. Francisco de Mascarenhas, governador de Macau (1623-1626), que se apoderou do Monte, subtraindo-o ao domínio dos jesuítas» (P. Teixeira, Toponímia de Macau, vol I), onde já tinham construído três baluartes.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Na hora de maior calor

Na hora de maior calor, num banco da avenida da Praia Grande. Macau, Maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O templo de Tin Hau na Rua dos Pescadores

Templo de Tin Hau na Rua dos Pescadores. Macau, Maio de 2008


É um pequeno templo dedicado à Deusa Tin Hau, a Deusa do Céu, situado na rua dos Pescadores, no topo de uma colina junto ao reservatório de água de Cacilhas. Construído em 1865 e reconstruído em 1987, o templo possui um pequeno pavilhão que alberga a imagem da deusa do Céu.
«Certa é a conotação deste recinto a acontecimentos estranhos», afirma Leonel Barros*, que conta como este pequeno templo, protegido pela deusa Tin Hau, escapou à fúria de um violento tufão, quando, na véspera, e depois de uma tarde escaldante de Verão, os residentes da zona ouviram, vindo do templo, estranhos lamentos e gemidos. Alarmados, resolveram abandonar a zona e procurar refúgio num local mais seguro. Uma mulher «de plena fé recusou-se a sair», permanecendo no templo durante a passagem do tufão.
«Apenas o templo de Tin Hau, situado no topo de um pequeno outeiro, escapou ileso à fúria da tempestade que, no entanto, devastou todo a vegetação que o rodeava». Os que escaparam à tempestade - entre eles a mulher que se refugiara no templo - acreditaram que «os ruídos e as vozes que se ouviram na noite anterior eram sinais de aviso da deusa Tin Hau para a desgraça que aí vinha».


Rede do Património Cultural de Macau: Templo de Tin Hau

*Templos, Lendas e Rituais - Macau. Edição da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), 2003


segunda-feira, 19 de maio de 2008

A sesta

Na passagem pedonal da Avenida do Comendador Ho Yin, em Macau (Maio de 2008)

domingo, 18 de maio de 2008

Fruta Pão

Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen, em Macau (Maio de 2008)

A Artocarpus altilis Fosberg (família: Moraceae), árvore Fruta Pão em português, Min Pao Su em cantonense, é uma árvore tropical originária da Polinésia. Em Macau, encontra-se espalhada por diversos arruamentos da cidade, nomeadamente na zona dos aterros do Porto Exterior, nos Jardins de Luís de Camões e de Lou Lim Ieoc e no Parque Sun Yat Sen.

Fontes:
Árvores de Macau, vol I e II de Wang Zhu Hao, Edição da Câmara Municipal das Ilhas, 1997 e 1999
Artocarpus altilis na Wikipedia

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Vida Admirada

Farmácia chinesa «Vida Admirada» na Praça das Portas do Cerco. Macau, 2008

Campo de Pesca

«CAMPO DE PESCA A LINHA CHAN HO I SAM», na Rua de Cinco de Outubro, em Macau.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Festa em Coloane

Coloane, engalanada, festejou ontem, oitavo dia do quarto mês lunar, o aniversário de Tam Kung, o deus-menino, protector das gentes do mar.
No largo fronteiro ao templo, num teatro construído em bambu, realizaram-se espectáculos de ópera organizados pela Associação «Quatro Pagodes». Não faltaram devotos e adeptos que encheram o templo e o barracão onde decorria a ópera. No largo da igreja de S. Francisco de Xavier, os restaurantes cheios, enquanto na rua da Cordoaria montavam-se mesas para o jantar em honra de Tam Kung.

Ao longo da marginal, à porta das casas ou à sombra das enormes árvores de S. José, jogava-se mah-jong ou conversava-se.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Caligrafias

Passeio pela marginal, Porto Interior,
e demoro-me na Avenida do avô do Ruy Cinatti.

Até que ponto, por estes cais,
o mar é ilegível?

Descubro nas suas águas
a caligrafia desgrenhada
de um velho manuscrito
onde todos os paleógrafos esbarram.

Eis como a letra do mar nos faz sofrer?
Mais nos valera tropeçar
no alfabeto braille de cego
e tactear nele o voto do destino.

Alexandre Pinheiro Torres. Trocar de Século. Poema / Century Slip. A Poem. Instituto Português do Oriente e Fundação Oriente, 1995

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Travessa da Pipa

Cozinha de um pequeno "estabelecimento de bebidas" na Travessa da Pipa. Coloane, Maio de 2008

Fragmentos

Na Rua do Meio, em Coloane. Maio de 2007

Associação dos Quatro Pagodes

«ASSOCIACAO DE BENEFICIENCIA "QUATAOPAGODES" COLOANE», no Largo da Fonte, em Coloane.

sábado, 3 de maio de 2008

Alberto Estima de Oliveira (1934-2008)

o rio
prendia-se
no remo
oscilando
o tancar

o coração
prende-se
no cais
de mar

Alberto Estima de Oliveira. O Rosto. ICM, 1990

«A poesia é o registo dos momentos únicos (...) dos momentos exactos da vida», palavras do poeta em Estima por Macau, no Tai Chung Pou de 23 de Novembro de 2007.