quarta-feira, 25 de junho de 2008

Momentos

Calceteiro. Rua de Pedro Nolasco da Silva, Macau, Junho de 2008

Folhas de Lótus


(...)
Ah! Se eu pudesse, como outrora, ao luar,
Por esses lagos nos jardins dispersos,
Ir as folhas de lótus apanhar
Para sobre elas escrever meus versos.

Essas folhas de estranha singeleza
Dariam à poesia outro valor,
E eu realizava um sonho de beleza:
Um livro cheio de perfume e cor.

Maria Anna Acciaioli Tamagnini. Lin Tchi Fá. Flor de Lótus. Editorial Tágide, 2006

domingo, 22 de junho de 2008

Filo di Quim?

***
Filo di Quim? Um blog de Miguel de Senna Fernandes com as crónicas publicadas às sextas-feiras no Jornal Tribuna de Macau.

sábado, 21 de junho de 2008

A festa de Na Cha

A festa de Na Cha, ontem, em Macau.
(sobre Na Cha, o deus traquina, ver aqui)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

As Dez Mil Montanhas

Bordejando o império,
as ilhas-sentinelas
rodeiam só de pérolas
as montanhas do assédio.

Mas o poeta vela
entre o ópio e o tédio.


José Augusto Seabra. O Caminho Íntimo Para a Índia. Poemas. Lello Editores, Fundação Macau e Instituto Internacional de Macau,1999

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A sesta

No Pavilhão da Relva Primaveril do Jardim de Lou Lim Ieoc. Macau, Junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Centro de Beleza

«CENTRO DE BELEZA DOS AUTOMOVEIS IAO IAT » na Rua de João de Araújo. Macau, Junho de 2007

Estendal de roupa no templo de Lin Kai

Templo de Lin Kai na Travessa da Corda. Macau, Junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Rua dos Ervanários

Rua dos Ervanários. Macau, Junho de 2008

«Dizem os chineses que, na recuada dinastia Sông, portanto, lá para os séculos XII ou XIII, estabeleceu-se nesta península, um cárcere, numa caverna que existiu na vertente do cômoro de S. Paulo. (Será a misteriosa mina do Pátio da Mina que fica situado na Rua de Nossa Senhora do Amparo?)
Para evitar a entrada dos criminosos no vilório que então era Macau, foi construída uma porta de ferro na rua dos Ervanários, onde estavam gravadas, em caracteres sínicos, as duas palavras Ou Mun que significam - Macau.
A existência desta porta só perdura nos nomes chineses de duas ruas paralelamente vizinhas, e que são a Kuán-Tch'in in-Tcheng-Kái (Rua dos Ervanários) e a Kuán-Tch'in-Hau Kái (Rua de Nossa Senhora do Amparo), que se podem traduzir por a exacta rua anterior à barreira e a rua posterior à barreira.
A palavra Kuán (barreira) tem sido erradamente interpretada por alguns chineses nativos de Macau que julgam ser esta a porta original da fronteira de Macau». P. Manuel Teixeira, Toponímia de Macau, Vol I, ICM, 1997

A Rua dos Ervanários constitui, juntamente com as ruas dos Mercadores e da Porta de Pedra (esta última já desaparecida da nomenclatura topográfica), uma das três primeiras ruas de comércio que existiram em Macau, fazendo parte da mais antiga associação chinesa de Macau, a Sám Kái Ui ou Associação das Três Ruas.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Seis vias públicas

«CONSULTÓRIO CLINICO DA ASSOCIAÇÃO DE MÚTUO AUXILIO DE MORADORES DE SEIS VIAS PUBLICAS», na Rua do Faitiões. Macau, Junho de 2008

sábado, 7 de junho de 2008

Água Morrente


Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville.
Verlaine

--- Meus olhos apagados,
Vede a agua cahir.
Das beiras dos telhados,
Cahir, sempre cahir.

--- Das beiras dos telhados,
Cahir, quasi morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.

--- Meus olhos, afogae-vos
Na vã tristeza ambiente.
Cahi e derramae-vos
Como a agua morrente.

Camilo Pessanha. Clepsydra. Relógio D'Água Editores, 1995