sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mei Chit Lai


Era lichia
toda ela.
Branca
translúcida
trémula
estranha
cheirava a rosas passadas.

Solvi-a num trago
e arrependi-me.

Faltou-me o sentido da eternidade
e perdi-a,
num só gesto,
naquele instante.

Xian, 1989

Carlos Marreiros. «Mei Chit Lai», in Antologia de Poetas de Macau.

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