Casa de Penhor Tak Seng On. Macau, Junho de 2006
«Não há visitante estrangeiro, primeira vez chegado a qualquer cidade chinesa, que não fique surpreendido com umas estranhas e sombrias construções com aspecto de torres de vigia, que surgem espalhadas em óptimas situações estratégicas, dominando com a sua rígida altura o confuso e baixo casario de diversos bairros.
As sua janelinhas, muito pequenas e estreitas, gradeadas de ferro e reminiscentes das barbacãs de velhos castelos, evocarão decerto no seu espírito, as tumultuosas épocas de desordenados fossados, acaudilhados por ambiciosos barões feudais, sempre impetuosos e sempre irrequietos, épocas essas em que os habitantes dos velhos burgos se viam forçados a encerrar-se dentro das suas fortalezas, para defenderem as suas vidas e as dos seus.
As sua janelinhas, muito pequenas e estreitas, gradeadas de ferro e reminiscentes das barbacãs de velhos castelos, evocarão decerto no seu espírito, as tumultuosas épocas de desordenados fossados, acaudilhados por ambiciosos barões feudais, sempre impetuosos e sempre irrequietos, épocas essas em que os habitantes dos velhos burgos se viam forçados a encerrar-se dentro das suas fortalezas, para defenderem as suas vidas e as dos seus.
Ora esses edifícios maciçamente construídos de tijolo cinzento, embora fossem capazes de sustentar um assalto, não se integravam contudo no sistema de fortificações das cidades chinesas, pois são simplesmente "casas de penhor", uma das instituições das mais importantes, na curiosa e complexa sociedade chinesa.»
Luís Gonzaga Gomes. «Casas de Penhor», in Chinesices. Instituto Cultural de Macau, 1994
Sem comentários:
Enviar um comentário