«É uma figura lendária divinizada. (...)
Este deus-guerreiro é um dos mais poderosos e respeitados do panteão chinês e deve a sua posição ao facto de personificar ao mais alto grau todas as virtudes de um guerreiro e cavaleiro. Exímio no manejo de armas, bravo e íntegro. Identifica-o a cara pintada de vermelho, a cor atribuída às personagens honestas e corajosas. Era um dos grandes generais do período dos "Três Reinos" (Século III), e foi uma das personagens que inspirou o clássico "Romance dos Três Reinos".
Kuan Tai terá sido a mais popular divindade do final da era imperial chinesa, porque era venerado e recebia sacrifícios e oferendas quer de altos funcionários da corte, quer do povo. O título de Ti ou Tai (em cantonense, equiparado a Imperador), foi-lhe conferido em finais da dinastia Ming, altura em que ascendeu a uma posição equiparada à de Confúcio no panteão chinês.
Para além do estatuto oficial de "lealdade personificada", o deus guerreiro é igualmente propiciado como divindade protectora do Comércio e Deus da Riqueza (divindade "militar", já que existe um Deus da Riqueza "civil"(...)».
Cecília Jorge. Deuses e Divindades. Gods and Deities. Direcção dos Serviços de Correios. Macau Post. 2005
Para além do estatuto oficial de "lealdade personificada", o deus guerreiro é igualmente propiciado como divindade protectora do Comércio e Deus da Riqueza (divindade "militar", já que existe um Deus da Riqueza "civil"(...)».
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