Templos
A sombra da baniana
guarda o eco
das vozes murmuradas
oxidadas preces
de um gesto prisioneiro
na malha húmida
do tempo...
Dissolveram-se no ar morno
e parado
fugidias íris de um templo
de água e vento
o misterioso alento
das raízes...
Rituais antigos
que o silêncio sagrado
da meditação
desenha a fogo
nas rubras clareiras
do rosto
nos brancos caminhos
do lótus
abrindo o corpo
à invasão do incenso
ao acre odor
da evasão...
Jorge Arrimar
Jorge Arrimar e Manuel Yao. Confluências. Folha de Lótus, 1997
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Templos
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