«Quem bebe água do Lilau
Não mais esquece Macau:
Ou casa cá em Macau
Ou então volta a Macau.»
Lilau é nome que perdura no largo, e também, numa calçada, num beco e num pátio. Originariamente era Nilau, do cantonense Nei-lau - que significa «corrente de água do monte» -, e foi o primitivo nome da colina da Penha, designação que se manteve até à construção, em 1622, da ermida de Nossa Senhora da Penha.
Os chineses chamam-lhe o Poço da Avó (ou da Antepassada), designação particularmente interessante, já que o poço, ou fonte, localizava-se muito perto do templo de A-Má, ou Tin Hau, a Rainha Celestial, e A-Má, ou Má-chou, é o nome que, curiosamente, se atribui à Avó paterna, a primeira antepassada. Tal como o poço da Avó ou de Má-chou, a Antepassada, que é também a Rainha do Céu, simbolizando a união entre o Céu e a Terra, o nome de Nilau ou Nei-lau, se afigura, igualmente, como a união entre o monte e a água, ou seja, das águas que escorrem dos montes, das nuvens e do céu e se juntam à Terra.
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