Realizam-se, hoje, as festas de aniversário do Deus da Terra, Tou Tei, frequentemente representado pela imagem de um velhinho de longas barbas brancas, que vemos, um pouco por todo o lado, nos altares e pequenos nichos nas ruas de Macau e Ilhas. Existem, em Macau, dois templos dedicados aos "deuses locais": um, o Tou Tei Miu, o templo dos deuses locais, no Patane, junto ao Jardim de Luís de Camões, e o outro, o templo de Fôk Tak Chi ou da Felicidade e Virtude, na Horta da Mitra, onde decorrem as festividades em honra de Tou Tei.
«O culto aos espíritos benfazejos da Terra data de tempos imemoriais, mas o das divindades agrupadas nos Tou Tei (ou Penates, que velam pelas residências, edifícios, bairros e aldeias) remonta, ao que se julga à dinastia Tang. E também uma certa hierarquia se estabeleceu para os distinguir, tomando-se para termo de comparação a que funciona na administração terrena.
Há assim, no topo da hierarquia, os Deuses Municipais, ou magistrados e prefeitos divinos, sendo os seus subordinados responsáveis pelas outras circunscrições em importância decrescente até chegar ao deus de cada lar (que volta a ter importância, mais não seja pela influência e vigilância directa que tem sobre cada unidade familiar e indivíduo). Tendo nas mãos a capacidade de julgar e castigar os desvios e más acções dos mortais, o tou tei apresenta-se aí, no entanto, com a imagem de um velho de barbas brancas e expressão benévola. Por vezes acompanham-no nos altares dois guardas, prontos a conduzir os espíritos dos recém-defuntos para o inferno, depois destes terem comparecido perante o Deus Municipal para julgamento das acções praticadas durante a vida terrena» (Cecília Jorge, Deuses e Divindades. Gods and Deities. Direcção dos Serviços de Correios, Macau, 2005)
«O culto aos espíritos benfazejos da Terra data de tempos imemoriais, mas o das divindades agrupadas nos Tou Tei (ou Penates, que velam pelas residências, edifícios, bairros e aldeias) remonta, ao que se julga à dinastia Tang. E também uma certa hierarquia se estabeleceu para os distinguir, tomando-se para termo de comparação a que funciona na administração terrena.
Há assim, no topo da hierarquia, os Deuses Municipais, ou magistrados e prefeitos divinos, sendo os seus subordinados responsáveis pelas outras circunscrições em importância decrescente até chegar ao deus de cada lar (que volta a ter importância, mais não seja pela influência e vigilância directa que tem sobre cada unidade familiar e indivíduo). Tendo nas mãos a capacidade de julgar e castigar os desvios e más acções dos mortais, o tou tei apresenta-se aí, no entanto, com a imagem de um velho de barbas brancas e expressão benévola. Por vezes acompanham-no nos altares dois guardas, prontos a conduzir os espíritos dos recém-defuntos para o inferno, depois destes terem comparecido perante o Deus Municipal para julgamento das acções praticadas durante a vida terrena» (Cecília Jorge, Deuses e Divindades. Gods and Deities. Direcção dos Serviços de Correios, Macau, 2005)
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