segunda-feira, 5 de junho de 2006
Casa de penhor
Um morcego voa
e apanha uma moeda de cobre
conduz os miseráveis para dentro da porta
O condutor é cego
Logo que um miserável entra
esconde-se por detrás do biombo
Até os seus objectos
embrulhados em folhas de um jornal já lido
são de vergonha
Entre o biombo de madeira e o balcão
entre os objectos e o recibo de penhor
os miseráveis ficam mais miseráveis
A quem interessa
outro biombo que oculte a sociedade?
Han Mu. «Casa de Penhor», in Antologia de Poetas de Macau.
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