quarta-feira, 25 de julho de 2007

Um chá perfeito

Sentamo-nos em almofadas colocadas naquele chão empedrado à portuguesa.
Em gestos lentos, delicados, precisos, um a um somos servidos de chá, em pequeníssimas taças. Em silêncio, saboreamo-lo. Há harmonia, perfeição, em cada gesto, em cada momento.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

O culto do Chá

Cerimónia do Chá no Tap Seac, 21 de Julho de 2007

«O Cháismo é um culto baseado na adoração do que é belo entre os factos sórdidos da existência diária. Incute pureza e harmonia, o mistério da caridade mútua, o romantismo da ordem social. Consiste essencialmente numa adoração do Imperfeito, já que é uma tentativa terna de atingir algo possível nesta coisa impossível a que chamamos vida.
A Filosofia do Chá não é mero esteticismo na acepção vulgar do termo, porque exprime, conjuntamente com a ética e a religião, todo o nosso ponto de vista a respeito do homem e da natureza. É higiene, porque impõe limpeza; é economia, porque revela o conforto que existe na simplicidade, mais do que no que é elaborado e caro; é geometria moral na medida em que define o nosso sentido de proporção face ao universo. Representa o verdadeiro espírito da democracia oriental ao fazer de todos os seus partidários aristocratas no gosto». Kakuzo Okakura, O Livro do Chá. Cotovia e Fundação Oriente, 1998

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Anúncios e Tabuletas

Beco do Coral. «Estatutos do Grupo Desportivo "Jardim de Amizade"». Macau, 2007

domingo, 15 de julho de 2007

Travessa do Hó Lo Quai

Travessa do Hó Lo Quai. Macau, Julho de 2007

Beco da Ostra

Beco da Ostra. Macau, Julho de 2007

terça-feira, 10 de julho de 2007

Marciano António Baptista

Marciano António Baptista (1826-1896). A Praia Grande vista do sul.
Lápis e aguarela sobre papel. Cerca de 1875-1880
(Imagem: Museu de Arte de Macau)


Marciano António Baptista nasceu em Macau, em 1826. Estudou no Seminário de S. José e foi aluno de George Chinnery. Em 1850, instalou-se em Hong Kong onde foi professor no St. Saviour's College e na Victoria Boys Scholl. Morreu em Hong Kong, em 1896.

A Avenida com o seu nome, situada no Aterro Exterior, começa na Avenida da Amizade e termina na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues.

sábado, 7 de julho de 2007

Anúncios e Tabuletas

«Associação Saudavel de Macau». Rua do Matapau. Macau, Julho de 2007

Igreja e Seminário de S. José

Igreja de S. José. Macau, Julho de 2007

«Fundado em 1728, o antigo Seminário constituía com o Colégio de S. Paulo a principal base para o desenvolvimento do trabalho missionário na China, no Japão e na região. O Seminário de S. José propiciava um currículo académico equivalente ao de uma universidade e, em 1800, a rainha D. Maria I atribuiu-lhe o título real de "Casa da Congregação das Missões". Adjacente ao Seminário, a Igreja de S. José, construída em 1758, constitui um modelo exemplar de arquitectura barroca na China, conforme é referido no Atlas mundial de la arquitectura barroca, publicado pela UNESCO em 2001». in «RC-Revista de Cultura», nº 15, Julho de 2005.

Horário: Igreja - das 10:00 às 17:00 horas (acesso peela Rua do Seminário); Seminário encerrado ao público.

O Centro Histórico de Macau

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Rua do Matapau

Em chinês designa-se Kat Chai Kai, ou seja, Rua da Tangerina. Em português, Rua do Matapau.
Mata-pau é o nome dado a diversas plantas da família das gutíferas; por matapáus eram conhecidos os vendedores de tangerinas, os quais possuíam, nesse local, as suas lojas ou bancas de venda de tangerinas.
A rua fica situada entre a Avenida de Almeida Ribeiro e a Rua da Barca da Lenha; começa junto à Travessa de Hó Ló Quai e termina na Rua dos Mercadores.


terça-feira, 3 de julho de 2007

Festa no templo de Na Cha

Oferendas a Na Cha. Macau, Julho de 2007

Na Calçada das Verdades, entre as travessas de Sancho Pança e de D. Quixote, encontra-se um pequeníssimo templo, com uma única parede e a cobertura suspensa por colunas de pedras, dedicado a Na Cha, um deus criança.

Conta-se que este deus criança, quando humano, fora de tal forma traquina, tão irrequieto, que os pais se viam obrigados a mantê-lo preso a uma argola. Mas, escapava sempre. E corria tão depressa que parecia ter rodas nos pés. Assim é representado, com uma argola dourada na mão e rodinhas nos pés. Não queria nascer, sentia-se bem no ventre de sua mãe, e só de lá saiu ao fim de três anos, já vestido, como era costume então, de bibe ou avental vermelho e dourado. No décimo oitavo dia do quinto mês lunar (este ano, 2 de Julho), há festa no seu templo. E Na Cha, deus criança e patrono de crianças, protege-as contra espíritos malignos, males e doenças, carimbando-lhes o umbigo.