domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pátio do Mungo

Pátio do Mungo. Liga a Rua do Almirante Sérgio à Rua da Praia do Manduco.
(Fotografia de Fevereiro de 2009)


Para além da Adivinhação da Ilusão e das Flores da Eterna Felicidade. Navegar por ti, cidade, embarcado nos olhos do que vais deixando de ser, é uma viagem com sabor a pele. Atracar nos teus portos, desembarcar nos teus pátios. Ao longo do canal.
João Rui Azeredo. Pátio das Palavras. Macau, 1995

Dos Deuses

Dos Deuses

Frequento ainda os deuses
solícitos. Reclamo
as libações e os ritos.
Derramo entre o incenso
os restos do infinito.

José Augusto Seabra. Poemas do Nome de Deus. Instituto Cultural de Macau, 1990

Sobre José Augusto Seabra ver:
Figuras da Cultura Portuguesa - Centro Virtual Camões / Instituto Camões
In Memoriam JAS - Bibliomanias

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cyathea Lepifera

Cyathea Lepifera Cop. no jardim de Lou Lim Ieoc.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Jardim interior do Leal Senado

Os primeiros espaços arborizados surgem graças à acção das ordens religiosas, localizados nos claustros das igrejas e nos hortos a elas associados, «impregnados de conceitos e elementos do jardim renascentista italiano, apoiando-se no conceito do jardim ou horto botânico, também aplicado em Macau pela Companhia de Jesus, no núcleo do Colégio da Madre de Deus ou S. Paulo (...)»(1). Eram espaços construídos em socalcos, que acompanhavam as encostas e onde, entre as árvores de fruto e as hortas, se destacavam fontes ou tanques.

Os jardins eram, então, espaços privados, interiores, murados, por vezes totalmente rodeados pela casa. Eram pátios ajardinados ou jardins-pátio, que faziam parte das residências solarengas de Macau, à semelhança das casas nobres portuguesas, e que «encontram o seu contraponto na estrutura dos pátios e jardins dos templos, palácios e casas nobres chinesas» (2). Por vezes, encontravam-se associados a hortas ajardinadas, tal como o do Leal Senado, que se prolongava até ao largo de Santo Agostinho, por toda «a encosta que acompanha a Calçada do Tronco Velho (...) modelada em socalcos arborizados, com árvores de fruto e hortas ajardinadas, terminando nos imponentes edifícios da Igreja e do Convento de Santo Agostinho (entretanto desaparecido). (...) Toda a estrutura do jardim do Leal Senado nomeadamente o eixo principal que define a simetria do edifício e do jardim prolonga-se na paisagem e está orientado pela intercepção com a Igreja e a torre sineira do Convento de Santo Agostinho. Quando entrávamos no jardim eram estes imponentes edifícios que nos apareciam como cenário e em segundo plano»(3).

A estrutura actual do jardim interior do Leal Senado resulta das obras de restauro do edifício ocorridas por ocasião do Duplo Centenário da Independência e da Restauração de Portugal, em 1940, já «sem grandiosidade nem mistério e muito menos o alinho e o aprumo dos jardins seiscentistas» (4).

(1) Rodrigo Rodrigues Dias. «Espaços e Jardins de Macau». Macau, II Série, nº 1, Maio de 1992
(2) (3) e (4) Rodrigo Rodrigues Dias. «O Jardim-Pátio do Leal Senado». Macau, II Série, nº 5, Setembro de 1992

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jardim interior do Senado

Jardim do IACM (Leal Senado). Macau, Outubro de 2008

Pequeno jardim interior integrado no edifício do Leal Senado - actual Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais - cercado de um muro alto com um friso de azulejos e possuíndo uma fonte com duas carrancas em granito. Nele encontram-se ainda dois bustos, um de de Luís de Camões e o outro de João de Deus, e uma estatueta de S. João Baptista.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Rua Cinco de Outubro

Rua Cinco de Outubro
Rua Cinco de Outubro. Macau, Fevereiro de 2010

Chamava-se Rua Nova d' El-Rey. Com a proclamação da República, em 1910, muda a designação para Cinco de Outubro. Entre os chineses é conhecida por Si Mang Kai, ou seja, a tradução do nome Simão (Rua do Simão), Simão este que terá dado também o nome ao Cais do Simão.
A rua começa junto à Rua do Norte, na Rua da Ribeira do Patane, e vai terminar na Travessa Cinco de Outubro, já junto à Rua das Lorchas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Kung Hei Fat Choi

Kung Hei Fat Choi
Bom Ano Novo

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Macau - Uma selecção de imagens cartográficas

Macau: uma selecção de imagens cartográficas, incluída na colecção de mapas da American Library of Congress, consiste numa colecção de mapas e vistas de Macau, datados de 1655 a 1991, e da qual faz parte um curioso Atlas Britânico dos Piratas, de 1696, onde se pode ver Macau e parte da costa do sul da China.

Carta sem título mostrando a costa sul da China e a ilha de Aynam

Datado de 1764, o Plan de La Ville du Port de Macao, mostra-nos a cidade e porto com a localização de igrejas e fortalezas, uma aldeia e um pagode chinês (a aldeia de Mong-Há e o templo de A-Má).

"Plan de la Ville et du Port de Macao."

Publicado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, em 1889, o mapa mostra o plano das ruas, edifícios, cemitérios, etc.


Esta selecção de imagens inclui, ainda, um Roteiro Britânico do Porto de Macau, de 1796, panoramas da cidade de Macau - respectivamente das Expedições Francesa (Voyage de La Pérouse autour du Monde, 1787) e Russa (publicada num atlas de 1803-1806, com mapas, panoramas e ilustrações etnográficas) -, um Roteiro Alemão da Costa Sul da China, de 1834, um Mapa Turístico, de 1936, um Mapa Chinês das Ruas de Macau, de 1952, e, mais recentes, de 1990 e 1991, um Mapa Moderno da Cidade de Macau e um Mapa Moderno do Território de Macau, dos Serviços de Cartografia e Cadastro.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A interessante cidade do "Santo Nome de Deus na China"

Vista da Praia Grande e Colina da Penha. George Smirnoff (1903 – 1947).
Aguarela sobre papel. 1945

(Imagem: Museu de Arte de Macau)

A interessante cidade do "Santo Nome de Deus na China"
«(...) Deixamos de navegar entre ilhas, saindo para largos espaços de mar livre, e vemos no horizonte um promontório com o seu castelo e um farol no alto. Muito tempo depois, ao costearmos esse promontório, vai surgindo lentamente a velha cidade de Macau.
Tem o aspecto policromo e leve de povoação do Extremo Oriente, e, ao mesmo tempo, a estabilidade sólida que dá a conhecer a origem dos seus fundadores. Os edifícios na maior parte são de alvenaria, e não de madeira, como nas outras cidades chinesas. A maior parte deles têm um andar superior, com arcadas ou galerias cobertas, e por cima dos telhados sobressaem os campanários das igrejas católicas.
Macau, que primitivamente se chamou Cidade do Santo Nome de Deus na China, e depois viu substituído este nome pelo de Macau, de origem indígena, seria grandemente exótica se de repente se pudesse trasladar para as proximidades de Lisboa. Vista aqui, depois de se haverem visitado as principais cidades do litoral chinês, faz lembrar o antigo Portugal e parece emanar dela um longínquo sopro do nosso hemisfério.(...)»
Vicente Blasco Ibáñez. A Volta ao Mundo. Volume II. Livraria Peninsular Editora, 2ª edição Lisboa, 1944


Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes: Biografia de Vicente Blasco Ibáñez (1867 – 1928) / La vuelta al mundo de un novelista. Tomo I / Tomo II / Tomo III (em castelhano)

Sobressalentes

"Sobressalentes de Máquinas e Motores Vai San" na Ribeira do Patane. Macau, Janeiro de 2010