Os primeiros espaços arborizados surgem graças à acção das ordens religiosas, localizados nos claustros das igrejas e nos hortos a elas associados, «impregnados de conceitos e elementos do jardim renascentista italiano, apoiando-se no conceito do jardim ou horto botânico, também aplicado em Macau pela Companhia de Jesus, no núcleo do Colégio da Madre de Deus ou S. Paulo (...)»(1). Eram espaços construídos em socalcos, que acompanhavam as encostas e onde, entre as árvores de fruto e as hortas, se destacavam fontes ou tanques.
Os jardins eram, então, espaços privados, interiores, murados, por vezes totalmente rodeados pela casa. Eram pátios ajardinados ou jardins-pátio, que faziam parte das residências solarengas de Macau, à semelhança das casas nobres portuguesas, e que «encontram o seu contraponto na estrutura dos pátios e jardins dos templos, palácios e casas nobres chinesas» (2). Por vezes, encontravam-se associados a hortas ajardinadas, tal como o do Leal Senado, que se prolongava até ao largo de Santo Agostinho, por toda «a encosta que acompanha a Calçada do Tronco Velho (...) modelada em socalcos arborizados, com árvores de fruto e hortas ajardinadas, terminando nos imponentes edifícios da Igreja e do Convento de Santo Agostinho (entretanto desaparecido). (...) Toda a estrutura do jardim do Leal Senado nomeadamente o eixo principal que define a simetria do edifício e do jardim prolonga-se na paisagem e está orientado pela intercepção com a Igreja e a torre sineira do Convento de Santo Agostinho. Quando entrávamos no jardim eram estes imponentes edifícios que nos apareciam como cenário e em segundo plano»(3).
A estrutura actual do jardim interior do Leal Senado resulta das obras de restauro do edifício ocorridas por ocasião do Duplo Centenário da Independência e da Restauração de Portugal, em 1940, já «sem grandiosidade nem mistério e muito menos o alinho e o aprumo dos jardins seiscentistas» (4).
(1) Rodrigo Rodrigues Dias. «Espaços e Jardins de Macau». Macau, II Série, nº 1, Maio de 1992
(2) (3) e (4) Rodrigo Rodrigues Dias. «O Jardim-Pátio do Leal Senado». Macau, II Série, nº 5, Setembro de 1992
Os jardins eram, então, espaços privados, interiores, murados, por vezes totalmente rodeados pela casa. Eram pátios ajardinados ou jardins-pátio, que faziam parte das residências solarengas de Macau, à semelhança das casas nobres portuguesas, e que «encontram o seu contraponto na estrutura dos pátios e jardins dos templos, palácios e casas nobres chinesas» (2). Por vezes, encontravam-se associados a hortas ajardinadas, tal como o do Leal Senado, que se prolongava até ao largo de Santo Agostinho, por toda «a encosta que acompanha a Calçada do Tronco Velho (...) modelada em socalcos arborizados, com árvores de fruto e hortas ajardinadas, terminando nos imponentes edifícios da Igreja e do Convento de Santo Agostinho (entretanto desaparecido). (...) Toda a estrutura do jardim do Leal Senado nomeadamente o eixo principal que define a simetria do edifício e do jardim prolonga-se na paisagem e está orientado pela intercepção com a Igreja e a torre sineira do Convento de Santo Agostinho. Quando entrávamos no jardim eram estes imponentes edifícios que nos apareciam como cenário e em segundo plano»(3).
A estrutura actual do jardim interior do Leal Senado resulta das obras de restauro do edifício ocorridas por ocasião do Duplo Centenário da Independência e da Restauração de Portugal, em 1940, já «sem grandiosidade nem mistério e muito menos o alinho e o aprumo dos jardins seiscentistas» (4).
(1) Rodrigo Rodrigues Dias. «Espaços e Jardins de Macau». Macau, II Série, nº 1, Maio de 1992
(2) (3) e (4) Rodrigo Rodrigues Dias. «O Jardim-Pátio do Leal Senado». Macau, II Série, nº 5, Setembro de 1992
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