Vista da Praia Grande e Colina da Penha. George Smirnoff (1903 – 1947).
Aguarela sobre papel. 1945
(Imagem: Museu de Arte de Macau)
Aguarela sobre papel. 1945
(Imagem: Museu de Arte de Macau)
A interessante cidade do "Santo Nome de Deus na China"
«(...) Deixamos de navegar entre ilhas, saindo para largos espaços de mar livre, e vemos no horizonte um promontório com o seu castelo e um farol no alto. Muito tempo depois, ao costearmos esse promontório, vai surgindo lentamente a velha cidade de Macau.
Tem o aspecto policromo e leve de povoação do Extremo Oriente, e, ao mesmo tempo, a estabilidade sólida que dá a conhecer a origem dos seus fundadores. Os edifícios na maior parte são de alvenaria, e não de madeira, como nas outras cidades chinesas. A maior parte deles têm um andar superior, com arcadas ou galerias cobertas, e por cima dos telhados sobressaem os campanários das igrejas católicas.
Macau, que primitivamente se chamou Cidade do Santo Nome de Deus na China, e depois viu substituído este nome pelo de Macau, de origem indígena, seria grandemente exótica se de repente se pudesse trasladar para as proximidades de Lisboa. Vista aqui, depois de se haverem visitado as principais cidades do litoral chinês, faz lembrar o antigo Portugal e parece emanar dela um longínquo sopro do nosso hemisfério.(...)»
Vicente Blasco Ibáñez. A Volta ao Mundo. Volume II. Livraria Peninsular Editora, 2ª edição Lisboa, 1944
Tem o aspecto policromo e leve de povoação do Extremo Oriente, e, ao mesmo tempo, a estabilidade sólida que dá a conhecer a origem dos seus fundadores. Os edifícios na maior parte são de alvenaria, e não de madeira, como nas outras cidades chinesas. A maior parte deles têm um andar superior, com arcadas ou galerias cobertas, e por cima dos telhados sobressaem os campanários das igrejas católicas.
Macau, que primitivamente se chamou Cidade do Santo Nome de Deus na China, e depois viu substituído este nome pelo de Macau, de origem indígena, seria grandemente exótica se de repente se pudesse trasladar para as proximidades de Lisboa. Vista aqui, depois de se haverem visitado as principais cidades do litoral chinês, faz lembrar o antigo Portugal e parece emanar dela um longínquo sopro do nosso hemisfério.(...)»
Vicente Blasco Ibáñez. A Volta ao Mundo. Volume II. Livraria Peninsular Editora, 2ª edição Lisboa, 1944
Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes: Biografia de Vicente Blasco Ibáñez (1867 – 1928) / La vuelta al mundo de un novelista. Tomo I / Tomo II / Tomo III (em castelhano)
Sem comentários:
Enviar um comentário