quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rua do Almirante Sérgio

Rua do Almirante Sérgio, 1950
Fotografia de Lei Iok Tin

Nevoeiro nocturno na Rua do Almirante Sérgio. 1965
Fotografia de Sit Lek Kan.
in Cinquenta Anos Num Olhar. 1958-2008. Associação Fotográfica de Macau.

"(...)
Aquele que chega a Macau unicamente para ver e divertir-se por grande que seja o barco que de longe o tenha transportado e lançado que seja o ferro com segurança aos lodos do seu porto precisa ao desembarque, para que a sua impressão não seja imediatamente má, encontrar boas estradasque comodamente o levem a visitar os pontos que a propaganda lhe indicou como sendo os mais interessantes da cidade.
(...)
Torna-se pois urgente "na nossa maneira de ver" alargar convenientemente as Ruas de Santo António, S. Domingos e Central rasgar a nova avenida da Flora, alargar a Avenida Marginal pelo menos desde o Pagode da Barra até à Praça  Ponte e Horta devendo ser as suas faixas de rodagem  pavimentadas a concrite ou a asfalto por serem estes os tipos de boa pavimentação que mais economicamente podem ser executados em Macau (...)"

"Embelezamento de Macau". in Anuário de Macau - Ano de 1927. (Edição facsimilada, 2000)

A Rua do Almirante Sérgio começa na Rua das Lorchas, junto à Praça de Ponte e Horta, e termina no Largo do Pagode da Barra. O Almirante António Sérgio de Sousa foi governador de Macau de 1868 a 1872, "notabilizando-se pelas medidas tomadas para a protecção dos cules contratados para a América e da população da província"*. 
O nome do Almirante Sérgio foi atribuído, em 1869, à rua então recentemente construída à beira rio*.

*P. Manuel Teixeira. Toponímia de Macau, volomes I e II, Instituto Cultural de Macau, 1997

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Macau, 1989

Biblioteca Chinesa. Ao fundo o edifício (já demolido) do Colégio de S. José. 

Reservatório
Vista parcial do Hotel Lisboa - "sempre em obras".

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As casuarinas de Hac Sá

Passeio junto ao Parque de Hac Sá, na Primavera deste ano: as casuarinas já lá não se encontram. Vieram, agora, não com tesouras, mas com serras e cortaram-lhes os ramos. Depois os troncos. Por fim, arrancaram-lhes as raízes...


A Árvore
Chegaste
com a tua tesoura de jardineiro
e começaste a cortar:
umas folhas aqui e ali
uns ramos
que não doeram...
Eu estava desprevenida
quando arrancaste a raiz.
Yvette Centeno. A Oriente. Editorial Presença. Colecção Forma, 1998

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mercado Vermelho e Avenida do Almirante Lacerda

Mercado Vermelho, Década de 70. Fotografia de Ou Ping
Catálogo da exposição Uma Viagem no Tempo - Fotografias de Macau por Ou Ping, 2005


Traçada em 1930, a Avenida do Almirante Lacerda começa na Rua da Ribeira do Patane e termina entre a Estrada do Arco e a Avenida do Conselheiro Borja, junto ao Lin Fung Miu, o Templo de Lótus
Hugo Carvalho de Lacerda Castelo Branco (1860-1944) foi Governador interino de Macau poucos anos antes da construção da avenida, entre a retirada do Governador Maia Magalhães e a tomada de posse de Tamagnini Barbosa, em 1926. 
Foi durante o governo  do Almirante Lacerda que se realizou em Macau a primeira  Exposição Industrial e Feira, em 1926.

Construído em 1936, o Mercado Almirante Lacerda ou Mercado Vermelho - assim designado por ter sido construído com tijolos vermelhos - possui uma forma simétrica, com duas torres laterais e uma com relógio ao centro. Faz parte da lista do Património Cultural de Macau, como edifício de interesse arquitectónico.