O Triciclo
O triciclo corta a chuva devagar
deixando atrás a espuma breve do esforço.
Vestido de plástico amarelo o condutor
inclina a cabeça coberta por um chapéu de palha,
cai-lhe a água sobre as mãos
fincadas no gasto guiador.
O seu mundo é o das ruas
e das praças, o suor
a escorrer nos músculos das pernas.
Come pouco, fuma em silêncio
enquanto está sentado, à espera
de turistas, e de velhas chinesas
que vêm do mercado.
António Augusto Menano. «O triciclo», in Antologia de Poetas de Macau.
quarta-feira, 25 de março de 2009
O Triciclo
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