quarta-feira, 11 de junho de 2008

Rua dos Ervanários

Rua dos Ervanários. Macau, Junho de 2008

«Dizem os chineses que, na recuada dinastia Sông, portanto, lá para os séculos XII ou XIII, estabeleceu-se nesta península, um cárcere, numa caverna que existiu na vertente do cômoro de S. Paulo. (Será a misteriosa mina do Pátio da Mina que fica situado na Rua de Nossa Senhora do Amparo?)
Para evitar a entrada dos criminosos no vilório que então era Macau, foi construída uma porta de ferro na rua dos Ervanários, onde estavam gravadas, em caracteres sínicos, as duas palavras Ou Mun que significam - Macau.
A existência desta porta só perdura nos nomes chineses de duas ruas paralelamente vizinhas, e que são a Kuán-Tch'in in-Tcheng-Kái (Rua dos Ervanários) e a Kuán-Tch'in-Hau Kái (Rua de Nossa Senhora do Amparo), que se podem traduzir por a exacta rua anterior à barreira e a rua posterior à barreira.
A palavra Kuán (barreira) tem sido erradamente interpretada por alguns chineses nativos de Macau que julgam ser esta a porta original da fronteira de Macau». P. Manuel Teixeira, Toponímia de Macau, Vol I, ICM, 1997

A Rua dos Ervanários constitui, juntamente com as ruas dos Mercadores e da Porta de Pedra (esta última já desaparecida da nomenclatura topográfica), uma das três primeiras ruas de comércio que existiram em Macau, fazendo parte da mais antiga associação chinesa de Macau, a Sám Kái Ui ou Associação das Três Ruas.

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