A 7 de Abril de 1924 Brito Pais e Sarmento de Beires partiam de Vila Nova de Milfontes em direcção a Macau. O avião - um Breguet de bombardeamento, de 300 cv, da 1ª guerra mundial - adquirido por subscrição pública em Junho de 1921, sofreu importantes modificações, nomeadamente a instalação de depósitos suplementares de gasolina, nas oficinas da Amadora. Baptizado com o nome Pátria, o aparelho tinha como tripulantes os dois oficiais e o mecânico Manuel Gouveia, que os aguardava em Tunes.
Substituído por outro aparelho - Havilland Liberty, de 400cv, adquirido na Índia - após uma aterragem forçada no subcontinente indiano, o Pátria II partia da Índia a 30 de Maio mas, devido à reduzida lotação do aparelho, o mecânico Manuel Gouveia acaba por não embarcar.
A 20 de Junho, o Pátria II deixava a Indochina - onde ficara retido devido às chuvas e inundações - em direcção a Macau, mas a proximidade de um tufão obriga a seguir viagem para Cantão, já depois de ter sobrevoado Macau. Uma aterragem de emergência junto à linha de comboio Kowloon-Cantão deixava o aparelho danificado e os pilotos forçados a seguir de comboio para Kowloon.
«A 21 de Junho pela manhã, - o temporal continuava azorragando o arquipélago, - o cônsul de Portugal anuncia-nos a entrada da lancha-canhoneira Macau, no porto de Hong Kong», conta Sarmento de Beires no seu relato da viagem intitulado De Portugal a Macau, mas só embarcavam a 25 «na canhoneira Pátria, e às três horas e meia da tarde, num escaler em que sargentos de bordo pediram para ocupar o lugar dos remadores, desembarcámos em Macau»*.
Substituído por outro aparelho - Havilland Liberty, de 400cv, adquirido na Índia - após uma aterragem forçada no subcontinente indiano, o Pátria II partia da Índia a 30 de Maio mas, devido à reduzida lotação do aparelho, o mecânico Manuel Gouveia acaba por não embarcar.
A 20 de Junho, o Pátria II deixava a Indochina - onde ficara retido devido às chuvas e inundações - em direcção a Macau, mas a proximidade de um tufão obriga a seguir viagem para Cantão, já depois de ter sobrevoado Macau. Uma aterragem de emergência junto à linha de comboio Kowloon-Cantão deixava o aparelho danificado e os pilotos forçados a seguir de comboio para Kowloon.
«A 21 de Junho pela manhã, - o temporal continuava azorragando o arquipélago, - o cônsul de Portugal anuncia-nos a entrada da lancha-canhoneira Macau, no porto de Hong Kong», conta Sarmento de Beires no seu relato da viagem intitulado De Portugal a Macau, mas só embarcavam a 25 «na canhoneira Pátria, e às três horas e meia da tarde, num escaler em que sargentos de bordo pediram para ocupar o lugar dos remadores, desembarcámos em Macau»*.
A Praia Grande cerca de 1920
Museu de Arte de Macau: Um olhar sobre o passado - Fotografias Antigas de Macau da Colecção do MAM
Museu de Arte de Macau: Um olhar sobre o passado - Fotografias Antigas de Macau da Colecção do MAM
«A península minúscula em que a secular cidade portuguesa dos confins da Ásia se comprime, na desordem dos seus bairros, entre as Portas do Cerco e o mar, parece a palma da mão que a China estende ao Pacífico, como a mendigar-lhe a esmola das suas ilhas aveludadas e sombrias.
A Praia Grande, avenida quase circular, faz a curva entre a chave da mão e o polegar, onde a capelinha da Guia se alcandora no topo de uma Colina»*.* Sarmento de Beires. «De Portugal a Macau», in Carlos Pinto Santos e Orlando Neves, De Longe à China. Macau na Historiografia e na Literatura Portuguesas. vol.3. Instituto Cultural de Macau, 1996
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