Travessa do Auto Novo. Macau, Março de 2010
Travessa do Auto Novo: começa em frente à Travessa do Matadouro, entre a Rua da Caldeira e a Rua da Felicidade e termina na Travessa das Virtudes. Quanto à sua designação, lemos na Toponímia de Macau que «foi-lhe dado este nome por se representarem ali os autos chinas.» E mais, «em chinês chama-se Ch'eng P'eng Hong, ou Ch'eng Sán Kai ou Ch'eng P'eng Chek Kai; tem este nome por lá existir o Cineteatro Ch'eng P'eng, que é o prédio nº 23 dessa Travessa, construído um pouco antes de 1907»(1).
A propósito do Auto China, escreveu Jaime do Inso:
«Uma das curiosidades deste teatro está em que, ao contrário do que entre nós sucede - sempre a contradição - não se procura dar às fachadas das casas de espectáculo qualquer aspecto sumptuoso ou de embelezamento, porque, dizem eles, tudo quanto haja de gastar-se com o teatro, preferível que seja em benefício da arte, puramente teatral, do que na arquitectura exterior. O contrário seria puro esbanjamento.
Por isso, em vão se buscaria, no Bazar, o atractivo externo que nos oferecem os nossos teatros. Não, o Auto China - nome por que ficou conhecido o teatro chinês em Macau, como resto da nossa língua de antanho - fica escondido numa travessa e é revestido por um muro de tijolo cinzento, anónimo, fazendo lembrar a entrada duma estalagem»(2).
(1) P. Manuel Teixeira. Toponímia de Macau, Volume 1, ICM, 1997, p.493
(2) Jaime do Inso. Cenas da Vida de Macau. 2ª edição. ICM, 1997, p. 45
A propósito do Auto China, escreveu Jaime do Inso:
«Uma das curiosidades deste teatro está em que, ao contrário do que entre nós sucede - sempre a contradição - não se procura dar às fachadas das casas de espectáculo qualquer aspecto sumptuoso ou de embelezamento, porque, dizem eles, tudo quanto haja de gastar-se com o teatro, preferível que seja em benefício da arte, puramente teatral, do que na arquitectura exterior. O contrário seria puro esbanjamento.
Por isso, em vão se buscaria, no Bazar, o atractivo externo que nos oferecem os nossos teatros. Não, o Auto China - nome por que ficou conhecido o teatro chinês em Macau, como resto da nossa língua de antanho - fica escondido numa travessa e é revestido por um muro de tijolo cinzento, anónimo, fazendo lembrar a entrada duma estalagem»(2).
(1) P. Manuel Teixeira. Toponímia de Macau, Volume 1, ICM, 1997, p.493
(2) Jaime do Inso. Cenas da Vida de Macau. 2ª edição. ICM, 1997, p. 45
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