Templo de Patane (Maio de 2007)
É um templo curioso, situado nas faldas da colina onde se encontra o jardim Luís de Camões, composto por três pavilhões, dedicados a Tou Tei, o deus da Terra, a Kum Iam, a deusa da Misericórdia, e a Buda.
Gonzaga Gomes - nas Lendas Chinesas de Macau - relata-nos a lenda associada a este templo:
«Contam que, há já muito tempo, vivia na Seák-Tch'éong-Kai (Rua da Parede de Pedra), nome que a edilidade local simplificou para Rua da Pedra, um indivíduo chamado Lâm-Mau, cujo filho, Lâm-Seng, era tido por extremamente piedoso, pois afirmavam que praticava com extraordinária dedicação todos os deveres de piedade filial.
Um dia, porém, Lâm-Mau foi preso, por ter cometido certo delito e a sua mulher faleceu, ralada por tão grande desgosto.
Lâm-Seng, privado da companhia dos seus pais e sem meios de vida, resolveu suicidar-se, enforcando-se numa frondosa árvore que nascera junto de dois ou três rochedos, no sítio onde os moradores daquele bairro costumavam “bater cabeça” aos deuses locais.
Porém, três vezes atou Lâm-Seng a corda a um dos mais grossos troncos da mencionada árvore e três vezes ela arrebentara, sem que ele conseguisse enforcar-se.
Nisto, passou por aquele sítio, um indivíduo que, vendo-o em tal apuro e inteirado da sua grande aflição, recomendou-lhe que jogasse ao sán-piu (lotaria chinesa), para o que lhe deu um punhado de moedas de prata.
Seguindo este conselho, Lâm-Seng dirigiu-se, lépido, a uma loja ali próxima, onde marcou, no impresso que lhe forneceram, os caracteres que lhe tinham sido indicados pelo desconhecido, vindo a ganhar, na extracção dessa noite, algumas centenas de patacas que, como filho dedicado, empregou para conseguir a liberdade do seu progenitor.
Os moradores da Rua da Pedra, quando tiveram conhecimento do caso, chegaram à conclusão que o desconhecido, que dispensou a sua protecção a Lâm-Seng, outro não devia ser senão um dos deuses locais, que tomara a forma humana para vir a este mundo recompensar os belos sentimentos de piedade filial daquele jovem.
Para comemorarem esta milagrosa aparição, resolveram os moradores da Rua da Pedra quotizar-se para edificar o T'ou-Tei-Miu (Templo dos Deuses Locais) e fundar uma associação destinada a angariar e gerir os fundos destinados à conservação dessa casa de devoção e a organizar os festejos que, anualmente, se costumam celebrar em honra dos deuses locais».
Sobre as festas em honra de Tou Tei, aqui, no Tai Cung Pou.
Gonzaga Gomes - nas Lendas Chinesas de Macau - relata-nos a lenda associada a este templo:
Um dia, porém, Lâm-Mau foi preso, por ter cometido certo delito e a sua mulher faleceu, ralada por tão grande desgosto.
Lâm-Seng, privado da companhia dos seus pais e sem meios de vida, resolveu suicidar-se, enforcando-se numa frondosa árvore que nascera junto de dois ou três rochedos, no sítio onde os moradores daquele bairro costumavam “bater cabeça” aos deuses locais.
Porém, três vezes atou Lâm-Seng a corda a um dos mais grossos troncos da mencionada árvore e três vezes ela arrebentara, sem que ele conseguisse enforcar-se.
Nisto, passou por aquele sítio, um indivíduo que, vendo-o em tal apuro e inteirado da sua grande aflição, recomendou-lhe que jogasse ao sán-piu (lotaria chinesa), para o que lhe deu um punhado de moedas de prata.
Seguindo este conselho, Lâm-Seng dirigiu-se, lépido, a uma loja ali próxima, onde marcou, no impresso que lhe forneceram, os caracteres que lhe tinham sido indicados pelo desconhecido, vindo a ganhar, na extracção dessa noite, algumas centenas de patacas que, como filho dedicado, empregou para conseguir a liberdade do seu progenitor.
Os moradores da Rua da Pedra, quando tiveram conhecimento do caso, chegaram à conclusão que o desconhecido, que dispensou a sua protecção a Lâm-Seng, outro não devia ser senão um dos deuses locais, que tomara a forma humana para vir a este mundo recompensar os belos sentimentos de piedade filial daquele jovem.
Para comemorarem esta milagrosa aparição, resolveram os moradores da Rua da Pedra quotizar-se para edificar o T'ou-Tei-Miu (Templo dos Deuses Locais) e fundar uma associação destinada a angariar e gerir os fundos destinados à conservação dessa casa de devoção e a organizar os festejos que, anualmente, se costumam celebrar em honra dos deuses locais».
Sobre as festas em honra de Tou Tei, aqui, no Tai Cung Pou.
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