Fortaleza do Monte. Macau, Março de 2010
"O P. Alexandre Valignamo, S. J., que faleceu em Macau a 20 de Jan. de 1606, "acomodou o Monte para recreação e alívio do Colégio (de S. Paulo) e também para em tempo de muita gente e aperto de agasalhos morarem nele alguns Padres e Irmãos".
O Monte estava, pois, na posse dos jesuítas antes de 1606; foram também eles que lá construíram 3 baluartes, que já estavam concluídos em 1623. Nesse ano D. Francisco Mascarenhas, Capitão-Geral de Macau, apoderou-se do Monte e construiu o quarto baluarte em 1626, data que se acha gravada na pedra da Fortaleza. Ele deu o comando dessa Fortaleza a seu irmão, D. Pedro Mascarenhas.
Quando D. Francisco chegou a Macau em 1623, já existiam os fortes de S. Paulo, Guia, S. Francisco, N. Sra. da Penha de França, Barra e o baluarte do Bomparto.
Diz-se que havia um subterrâneo que ligava a fortaleza de S. Paulo ao Colégio do mesmo nome e que aí se achavam tesouros escondidos. Essa lenda não tem base histórica.
Quando em 24 de Junho, dia de S. João Baptista, os holandeses invadiram Macau com 13 navios de guerra, os jesuítas italianos Jerónimo Rhó e Cristoforo Borri atiraram-lhes do Monte três tiros de canhão que lhes foram fatais e o jesuíta alemão Johann Adam Schall von Bell (que mais tarde fundiu em Pequim uns 200 canhões para o Imperador) prendeu por suas mãos um capitão holandês. O herói da vitória foi, no entanto, o Cap.-Geral Lopo Sarmento de Carvalho."
P. Manuel Teixeira. A Voz das Pedras de Macau. Imprensa Nacional. Macau, 1980
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